PRIMEIRO AMADO
Perdi o meu primeiro amado.
Ele era tudo o que eu tinha de mais sagrado!
Nem sabe o quanto tenho chorado;
nada nesta vida não tenho mais alcançado.
Nos fins de semana me levava para passear.
Nos seus fortes braços me deixava descansar.
Deixava que me dominasse,
deixava que novas declarações amorosas inventasse.
Perdi o meu primeiro amado.
Essa perda eu não havia projetado;
estava tendo a absoluta certeza,
que na sua morada eu seria a princesa.
Sua pulsação não corre mais nas minhas veias.
Pensei que os meus castelos deixariam de ser de areia!
De seu coração fui destronada,
pela dor fui acorrentada!
Fiquei pobre, desvalorizada e morta.
Aquela luz não entrará mais por esta porta!
Não queria estar acordando da fantasia,
não queria que se transformasse em treva o meu dia,
mas que me acudissem o amor que ele trazia,
e a promessa de ser o meu primeiro e eterno amado,
como antigamente me dizia
-Gabriel Ribeiro Eleodoro
Rio de Janeiro, 30 de março de 2000.
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