sábado, 30 de abril de 2016

ESCUDO
(Salmo 18.2)

Jesus, os homens me olham
E atiram palavras maldosas contra mim
Suas obras me são como setas agudas
Mas Tu me livrarás desse veneno
Colocando-me atrás de Ti
Para espalhares os dardos inflamados
Socorra-me Jesus
Meu Escudo, minha Esperança


Adaptação de Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 24 de abril de 2011.
TEU SORRISO FAZ MARAVILHAS

Meus olhos buscavam algo no meu mundo embaçado.
Algo que fizesse com que os meus dias não ficassem mais cansados.
Mas vi, que por trás dos montes subia o teu sorriso!
Uma profecia, a confirmação final do aviso.

Teu sorriso prometeu-me que a madrugada não iria mais voltar.
Um novo nascente em cada monte comecei a plantar.
Teu sorriso transformou a minha casa num maciço paraíso,
cujas paredes eternais eu deslizo!

Teu sorriso me acorda de manhã, para o café.
Me chama para sair, pra vermos os cerrados a pé.
Teu sorriso despolui os ares das cidades;
não há indício de falsidade.

Que festa!
Tudo o que é bom se manifesta
numa manhã como esta;
os meus dias resolveram fugir da sesta.

Teu sorriso faz muitas outras maravilhas!
Fez nascer no mar novíssimas ilhas.
Meu mundo já não se fecha mais, não tem mais embaço,
o teu sorriso repôs o meu mundo escasso!


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, de 13 a 14 de julho de 2000.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

FORÇA DA MINHA SALVAÇÃO
(Salmo 18.2)

O pecado me enfraqueceu de uma tal forma
Que eu andava angustiado e abatido
Mas me vieste apresentando o Teu Nome
e a Tua Salvação
Quando Te busquei e me converti a Ti
O peso das trevas desapareceu completamente
Vindo-me uma Nova Luz
E no meu coração, a Presença do Teu Espírito Divino

Obrigado Jesus,
Porque jamais perderei o Teu Amor
A minha saúde espiritual
A Tua Força para derrotar o mal
E a minha Salvação


Adaptação de Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 24 de abril de 2011.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

NAVEGADORA EXPERIENTE

Formei-me nessa Escola agora,
e já estou indo embora!
Mas não quero ir sozinho,
quero fazer dessa caravela o nosso ninho!

Olhe esse mar, esse sol, como estão convidativos!
Quero parar em qualquer mundo,
para conhecer bem de perto os nativos!
Temos que ir depressa, pois os meu sonho já voou;
a nossa viagem será bem segura e tranquila,
pois o infante nos abençoou.

Saiamos desse porto
vazio e morto.
Arrumemos a caravela;
esqueçamos da vida absurda
que há nas sujas ruelas.

A nossa caravela nunca vai naufragar,
porque pelos arrecifes, você nunca se deixa enganar;
navegadora experiente,
você me dá uma confiança diferente!

Nem as tempestades chegarão,
pois as velas robustecidas as atordoarão!
Você é a minha guia,
minha bússola de todos os dias!

Os redemoinhos com a nossa presença,
se tamparão.
Cila e Adamastor para as profundezas fugirão!
Porque o nosso rumo não pode ser desviado,
um novo mundo para nós está guardado!

Nossa embarcação não sofreu nenhuma avaria,
e lhe darei de presente as minhas especiarias!
Todos os perigos se extinguiram nessa estrada de mar,
e a certa bonança já veio para nos acalentar.


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 05 de janeiro de 2000.
EM TEU NOME EU VOU VIVER

Jesus, Jesus, Jesus
Doce Nome é o Teu...
Mestre, Grande e Glorioso
Em Teu Nome descansarei

Jesus, Jesus, Jesus
Me estendes Tua Mão
Digno Cordeiro e Vivo
Me aquentas o coração

És minha Santa Alegria
E em Teu Nome eu vou viver


Versão: Gabriel Ribeiro Eleodoro

(2010)

sábado, 23 de abril de 2016

TARDE OUTONAL

Como foi a tua tarde?
Foi cotidiana, normal?
Quero te dizer como foi a minha tarde,
foi plácida, mas outonal.

Cirros à tarde, com um pouco de sol.
Mas saí com o meu cachecol
para o frio poder enfrentar,
e a tarde, observar.

Os montes ficaram mais verdes-escuros.
Os corações deixaram de ser impassíveis, duros.
Não estava em grupo,
mas percebia que comigo, a tarde andava junto.

A tarde estava na praça.
Fiquei um tanto sem graça,
pois eu achei que não me combinava!
E como não sabia outonar, o momento impressionável quebrava.

A tarde estava nos quiosques,
realçava o brilho verde-mar dos bosques!
Todas as recordações que tive, ela ganhou.
Agora entendo porque ela se alongou.

Chego em casa, e te encontro.
A história eu remonto.
Gostaria que comigo também estivesses!
Mas agora, anoitece.

Amanhã, vamos sair.
Pois outra tarde se fará!
Ela jamais vai te iludir,
e uma nova ideia de estação, adquirirás.


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 20 de maio de 2003.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

SOBRE O SALMO 57.1

Meu Deus,
Te peço por Misericórdia.
É só isto que eu Te peço,
Misericórdia!
Pois Tu és o Refúgio
da minha alma,
as Tuas Asas são o meu abrigo...

Até que passem os meus problemas,
os meus dilemas,
as catástrofes
e as calamidades.


- Adaptação de Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2009.

domingo, 17 de abril de 2016

CABO DA BOA ESPERANÇA

Cabo da Boa Esperança.
Para esse Cabo, o meu navio avança.
Corta o nevoeiro,
e acabo descobrindo novos viveiros.

Cabo da Boa Esperança.
De cruzá-lo, tinha esse sonho desde criança!
Me defrontei com muitas barreiras,
mas as destruí com as minhas armas guerreiras!

A brisa acaricia o meu navio ferido;
ajuda-me a levantar o mastro caído.
Num canto, vejo o quebrado astrolábio;
gostaria que agora, um frescor corresse
por entre os meus secos lábios!

Minhas velas estão esfarrapadas,
Não tenho como fazer a viagem de volta.
Circunstâncias traiçoeiras desfizeram a minha 
poderosa esquadra.
Mas a esperança que o cabo soprou, em mim se enquadra!

Cabo da Boa Esperança.
Não me cobras nenhuma fiança!
Dizes que a minha jornada não foi vã,
então transformas tudo isto, num gigantesco
e confortável divã!

Já me deste a recompensa!
Na água rasa o meu navio balança.
Gutenberg redigirá tudo à sua imprensa,
quando souber que estou livre dos meus inimigos,
e de suas vinganças.

Já que não tenho como voltar,
aqui vou folgar!
As aves-do-paraíso vieram me saudar;
aves-do-paraíso vieram comigo brincar!

Estou pensando em me aposentar
para nunca mais te deixar!
Me aconteceu uma estranha mudança,
quando perdi a minha rigorosa temperança.


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 2000.


domingo, 10 de abril de 2016

MORENA E FORMOSA
(Cântico Dos Cânticos de Salomão 1.5-7)

Eu sou morena e formosa!
Sou tão bela quanto as tendas de Quedar!
Lá vem o meu amado com uma branca rosa,
a mais grácil que escolheu para me dar!

Eu sou morena e formosa!
Comigo, sou muito cuidadosa!
Estou morena, ó filhas de Jerusalém!
Até o vento me pentear os cabelos, vem.

Não repareis por eu estar morena
porque o sol me queimou.
A vizinhança me conhece por ter uma fala suave e amena,
e o amor do campeiro pastor me enlaçou!

Contra mim, os filhos da minha mãe se indignaram.
E duramente me castigaram!
Me puseram para guardar as vinhas, mas não as guardei.
Pois o meu amado vem, e eu o beijarei!

Agora diga-me, meu amado:
aonde as tuas ovelhas, tens arrebanhado?
Pois quando me perco, de ti me sinto tão distante,
que chego a temer por meu amor ser levado por um assaltante.


- Adaptação de Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, de 16 a 17 de maio de 2003.

terça-feira, 5 de abril de 2016

CARTA FLORIDA

Te enviei essa carta florida
para mostrar o lado perfumoso da vida.
Não ligue se as dores em te bater insistem;
acredite, os dias de primavera exitem!

Escolhi as flores bem mais cultivadas!
Nesse envelope estão bem guardadas.
Gostaria que não as escondesse,
mas com elas intensamente vivesse!

Para que tanta pressa de ver o sol se pôr,
se essa tristeza poderá te fugir, se cheirar cada flor?
Não jogue fora as flores que eu peguei,
porque todo o meu jardim explorei.

Que os perfumes entrem em você;
exalem de uma forma que nem possa se reconhecer.
A minha vontade de te ajudar é tanta,
que nem consigo descrever.
Mas só lendo a carta, saberá do meu esperançoso
desejo de compartilhar contigo esse meu prazer.

Os dias de primavera existem!
Eles estão vindo para te abraçar!
De campos restaurados, árvores produtoras
e céu inspirado consistem.
Virão te convidar para com eles, viver e morar!

Que você sorria ao sentir os diversos perfumes
da mensagem.
Que essa carta faça-te guardar inúmeras paisagens!
Pare de fazer precipitadas conclusões;
pelo horto da carta faça as tuas excursões!

Guarde a carta, ela será o teu mapa;
te conduzirá aos caminhos da primavera.
Nas tempestades cinzentas, será a tua protetora capa!
A tua perseverança tranquila vencerá a tua espera.


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 26 de janeiro de 2000.