sábado, 28 de novembro de 2015

HINO À FORMOSA
(Cântico Dos Cânticos de Salomão 6.4-9)

Querida minha, formosa és!
Lindos são os teus pés!
Como em Tirza e Jerusalém, és aprazível;
para te achar, não foi difícil.

Os teus olhos são brilhantes.
Os teus cabelos são ondeantes!
Os teus braços são tão aconchegantes
que me fazem seguir adiante!

Pego as tuas mãos
e nelas estão os meus caminhos!
Ando cantando e contente,
pois todos eles me levarão para ti!

Na terra, as virgens são inumeráveis.
As rainhas são saudáveis.
Mas no teu coração, o meu amor quis depositar,
e os teus doces lábios, deliciar!

És só minha, pomba corada.
A minha imaculada!
Viram-te as donzelas, e te chamaram ditosa;
por isto que eu te compus este hino, minha formosa!


- Adaptação de Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 20 de julho de 2003.


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

CIRROS

Cirros.
No céu, são rios!
Fazem uma curva, para imitar o teu sorriso.
Por eles, são capturados os focos de granizo.

O céu está todo arranhado!
Todos os riscos foram inventados!
São nuvens que nos dão capacidades vitais;
querem que trilhemos estas estradas de cristais.

Refletem nas tuas lentes,
e eu fico mais sorridente!
Façamos a viagem;
curtamos a límpida paisagem!

Os cirros são duradouros;
cristalíferos tesouros!
Não são mentirosos,
para o céu, são ornamentos valiosos!

Tomara que não se desfaçam no final da tarde.
Que Deus os guarde!
Os cirros são também abrigo para os anjos!
Dos corredores saem estes maviosos cantos!

Os cirros
transformam os teus cílios;
trazem a confirmação do nosso idílio;
curam-te dos espirros.

O teu sorriso não cairá,
pois o granizo não o derrubará.
Os cirros querem nos transformar em cristais,
para quê a dúvida, se somos tão iguais?


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 04 de dezembro de 1999.