domingo, 29 de maio de 2016

GÊMEA

Você é cativante, amiga

Porém difícil de se entender
Pois é muito variável
Você tem dificuldade em manifestar
Os seus carinhos e a sua ternura
Porém é hábil e dinâmica.


- Gabriel Ribeiro Eleodoro


Rio, junho de 2011.
SALMO 68.35
(Poemeto)

Ó Deus,
Tu és Tremendo!
Dás Força e Poder
à minha vida,
e operas Obras mui lindas!


- Adaptação de Gabriel Ribeiro Eleodoro

(2009)
TROVA DA GRATIDÃO

Ao Deus Onipotente
Que tem-me deixado tão contente
Quero cantar de coração
A minha sincera e doce gratidão


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

(2009)

domingo, 22 de maio de 2016

CUEIRO

Quando eu nasci, houve festa no lar.
Um menino, para os pais, alegrar.
Já me esperavam em casa os meus presentinhos,
e encheram-me de mimos no meu bercinho.

Mês frio foi aquele em que eu nasci.
Nos meus primeiros dias como tremi!
Mas com o singelo pano colorido que me deram, aquietei.
E por muito tempo, foi com ele que eu me agasalhei.

O pano colorido me cobria de carinho,
deixava o meu coração quentinho.
Só me libertava dele pela manhã
quando vinha me dar bom dia, a minha velha irmã.

Ele era macio, e com aspecto gentil.
O pano compreendeu a minha língua pueril!
Nas curvas dele eu rolava,
assim como a minha velha irmã me contava.

Hoje, o cueiro está encostado no sofá.
Ele não pode mais me afofar.
Mas nos primeiros dias de frio, com ele eu sobrevivi,
e na minha pele há o carinho que recebi.


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 10 de maio de 2003.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

PRESENTE DE ANIVERSÁRIO

Senhor Jesus, eu Te agradeço,
porque a cada dia mais Te conheço.
Me livraste daqueles maus dias,
iluminando-me com a Tua Graça, quando eu não merecia.

Eu sei que quando Te aceitei
uma Grande Festa no Céu houve,
porque a minha dignidade recuperei,
e o Teu Nome por toda a terra se ouve!

A Tua Presença é o meu presente de aniversário!
Quando Te vejo, eu me inclino!
Contigo me livro do caminho contrário.

À medida em que os meus anos acrescentas,
do meu coração brotam novos hinos!
Todos os meus atos de gratidão assentas!


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 26 de maio de 2008.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

VIADUTO IV

À direita, entra o meu ônibus.
A paisagem não me cobra ônus.
Deslizando, chegarei ao meu reduto;
já alcancei o quarto viaduto.

À placa, contém a poesia:
"Juiz de Fora,
Rochedo de Minas e
Matias Barbosa";
lindíssimos versos!

A agitação da cidade grande
me deu o salvo-conduto.
Deixo pra trás, a impregnação dos oleodutos,
e absorvo o odor das cerejeiras!

A ponte corta o lago extenso.
Na agitada cidade, nem mais penso!
A ponte me conduzirá às vivas amizades;
virei aqui com mais assiduidade!

Casam-se o viaduto e a estrada.
Vivem uma paixão tão aproximada!
A viagem me fez criar um sonho azul!
O meu ônibus pintou a estrada de verde.

O viaduto me faz recordar:
- São João do Nepomuceno!
Me indaga se ainda lembro
do caminho;
toco direto pra lá!


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 20 de março de 2004.

terça-feira, 17 de maio de 2016

OS HOLOFOTES

Os holofotes enfrentam a noite.
Suas luzes dançantes são como açoites.
Analisam o noturno império;
focalizam se há algum rastro de mistério.

Navegam no céu as luzes silenciosas;
observadoras, atenciosas e estudiosas.
Não param neste estafante afã,
querem descobrir algum rastro de amanhã.

Os holofotes descobrem desconhecidas constelações.
Trazem à terra, a estrela que guiou os marinheiros
das Grandes Navegações.
As luzes não notaram nenhuma estranha aparição;
tudo está registrado nas histórias de ficção.

As luzes trabalham como aguçadas espiãs.
Ninguém manda nelas, nenhuma delas é capitã.
Provocam nos pássaros noturnos um sentimento de pavor;
procuram onde há vestígios de calor.

Avisam quando vêm os temporais;
furam o bloqueio das espessas nuvens,
para passarem as pedras espaciais;
tiram das nuvens esta cor ferrugem.

Não deixam a cidade na escuridão, os holofotes.
Deixam-na bem iluminada, até afugentarem
os tenebrosos coiotes.
E o show das luzes fica bem mais dançante,
deixando a escuridão hesitante!

À noite, vejo vários sóis!
Tudo fica acordado com estes potentes faróis!
Vasculham o céu, como se alguma coisa quisessem pescar;
revistam sedentas o Sistema Solar.


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, de 02 a 03 de fevereiro de 2000.

domingo, 15 de maio de 2016

A LUTA DE NORTON

Preservar a arte era o seu lema.
Estava na TV, no teatro e no cinema.
Focalizavam o seu coração altruísta,
assim traçava o seu caminho de artista!

De obstáculos a sua vida foi feita.
Mas sempre os jogou à esquerda e à direita.
Até que a enfermidade lhe foi uma golpista,
bloqueando o seu coração de artista!

O seu corpo estava anoitecendo.
A força, o coração estava cedendo.
Iniciou em sua carreira, uma nova luta;
precisava sair da profunda gruta.

O quarto confeccionava as sombras.
Da esfera, lhe ausentava o coma.
Na hora em que lhe tragaria o mar revoltante,
o Milagre lhe presenteou com um transplante!

Você acordou
para abraçar o coração que ganhou!
O sol, desfez as cavernas,
e lhe fez firmar as pernas!

No corredor,
a luz brilhou!
O estado do seu rosto não era desesperador,
porque na Restaurável Luz, você acreditou!


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 2004.

sábado, 14 de maio de 2016

HÁ FOME (III)

Há fome de Deus.
Ele continua chamando os filhos Seus!
Ele quer que todos ouçam a Sua Chamada!
Ele quer que todos contribuam.
Sei que a responsabilidade é pesada,
mas nunca faltarão a vocês o Seu Espírito, a Sua Graça.
Ele irá encorajá-los.
Ele nunca irá decepcioná-los!


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio, março de 1998.
HÁ FOME (II)

Há fome de Paz.
Quantas dores e mortes uma guerra traz!
Multidões mutiladas;
em cada parte desse mundo há uma nação arruinada.


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio, março de 1998.
HÁ FOME (I)

Há fome de Pão.
Vocês nunca viram tamanha desolação!
Multidões andam tristes; arrasadas.
A fome as consome tanto, que
elas alegam que suas vidas
não valem mais nada.


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio, março de 1998.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

AQUECIMENTO GLOBAL

Têm sido frequentes os transtornos.
Expôs toda a fúria a natureza!
O antigo equilíbrio não tem retorno;
Terra totalmente indefesa!

Nos rios, dejetos.
Os mais sinistros objetos!..
Retiram todo o oxigênio, as mortais substâncias;
e isso têm feito, com muita constância...

Ardem as matas, com tantas queimadas.
E a vida ficando mais enfumaçada!
Não consigo ver as aves;
está para acontecer algo mais grave!

Geleiras se derretendo,
blocos navegando pelo oceano.
O seu destino, o homem está escolhendo,
já que não sabe reparar o dano.

Climas se alteram de repente!
Invernos mais quentes,
verões mais frios;
peixes desaparecem dos rios.

Há uma triste fenda no meu coração,
provocada pela fumaça nociva,
e que vai escurecendo também esta nação;
a miséria vem mais ativa.

Então, será cercado todo o globo
por esse faminto lobo.
Não haverá refrigério e vento;
sucumbiremos ao apocalíptico aquecimento!


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 13 de novembro de 2006.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

REFUGIADO

A um refugiado
Que se encontra em terra estranha
E com o coração despatriado

Nessa terra, busca por novos irmãos
Por hospitalidade e novos pais
Foge dos olhos inimigos e incendiários
Deseja encontrar um país justo e igualitário

Deseja se envolver com a bandeira
Dessa nova terra
Pois a bandeira de sua terra natal
Os inimigos a destruíram

E caminha o refugiado
Como um pobre andarilho
Procurando algum amigo
Que lhe dê um abraço
Fazendo-o esquecer de seu terrível passado.


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 20 de junho de 2011.

domingo, 8 de maio de 2016

RETRATO DE MÃE

Eis o retrato da minha mãe.
Um retrato tão sereno,
mas tão forte!
O retrato de seu amor,
de suas instruções,
e de suas orações...
Retrato este que me acompanha,
como uma tatuagem incandescente!
(que nem na minha morte se apagará!)

O retrato firmou os meus pés
para eu pegá-lo.
Para reverenciar a sua sabedoria,
e as suas rugas;
me fazendo lembrar de suas noites mal-dormidas
por minha causa,
pelos meus irmãos,
para que nada nos faltasse.
Eis o retrato carinhoso que Deus me deu;
eu a amo cada vez mais!


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 05 de maio de 2005.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

UMA ROSA PARA MAMÃE

Para elas, inventaram tantas canções...
Para elas, se fizeram tantas orações...
O que irei mais poetizar
para essas rainhas do lar?

Nenhum verso, quero repetir.
O seu amor jamais se deve substituir
Para o futuro nos educa,
o tempo não o apaga; não caduca.

Uma rosa, à minha queria dar...
Mas quando estava prestes a chegar,
no jardim mamãe brotou!

Todo o meu coração se encantou!
Borboletas se puseram a louvar;
a mãe-rosa suaviza o meu lar!


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 05 de maio de 2004.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

A DIMENSÃO DO AMOR

Você tem um amor acolhedor.
Um amor que me protege.
Mostra um grande zelo.
Não sei a dimensão do amor
que você tem por mim,
mas sei que você me ama muito,
e deseja que eu cresça na dimensão do amor 
que você me deu.

A minha mão vou sempre te dar,
pois você me instruirá acerca do bom caminho.
E quando uma falta eu cometer, e te pedir o perdão,
o teu amor irá se revelar.


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 03 de maio de 2003.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

MODINHA PARA A BEM-AVENTURADA
(Cântico Dos Cânticos de Salomão 6.9)

És minha pomba
Pomba tão pura
A predileta dos teus pais

Te viram as moças
Te viram as rainhas
As concubinas
E te chamaram feliz.


-Adaptação de Gabriel Ribeiro Eleodoro

(2012)
O REENCONTRO

Saí do túnel do tempo,
e novamente veio me rodear o intento.
Pensei que o caminho estava extinto,
mas ele me vigia, eu o pressinto.

Os dias passados me valeram;
eles nunca me entristeceram.
Tenho por aqueles dias um íntimo apreço;
eles não têm preço.

Saí do túnel do tempo,
e o meu coração não estava doendo,
quando você veio correndo
para pronunciar o meu nome!

Pedi para que me recontasse as histórias!
Você não as esqueceu,
você as salvou da escória!
Em você as prendeu.

Adorei lhe reencontrar,
mas preciso seguir, não quero lhe desapontar.
Guarde o caminho com você,
para que as histórias o trilhem, e continuem a sobreviver.

Pensei que nunca mais iria lhe encontrar
e o meu nome não iria pronunciar!
A saudade já me desapertou,
pois o nosso reencontro a desprezou.

À velha amizade quero me ligar;
procure me telefonar,
para que o meu coração não doa,
e que o nosso reencontro não seja uma coisa à toa.


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, de 12 a 28 de setembro de 2000.

domingo, 1 de maio de 2016

POESIA PARA U.A.I.B.S.
(União de Adolescentes da Igreja Batista Suburbana)

Por que eu vou ficar parado?
Por que não vou participar desse trabalho?
Cristo me quer trabalhando.
E não ficar com as mãos abanando.

Eu tenho uma união.
Ela precisa de atenção.
Não só minha
mas dos líderes
e dos outros adolescentes!
Para que possa
desenvolver sempre.

É o local certo
para se frutificar.
Louvar e estudar
a Palavra do Senhor.

E projetar 
com todo o ardor,
o sucesso da união.
E que a nossa ação 
não pare,
nem com os visitantes 
que chegarão.

Eu tenho uma união.
E ela,
é semelhante a uma canção.
Que os sonhos dessa organização,
nunca possam se extinguir!
E que nós possamos sorrir
com esta esperança,
que está florescendo 
dentro de nós.

Por que eu vou ficar parado?
Por que não vou participar desse trabalho?
Eu tenho uma união.
Que intercedo do fundo
do coração!

Pedirei a Deus
que nos dê sabedoria,
e a sua bênção infinda.
E que nos preparemos,
para que nos próximos anos
entreguemos esta união,
para os novos adolescentes 
que virão.


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, de 30 de maio a 02 de junho de 1996.
O QUERO-QUERO

Sou um quero-quero,
e o teu amor eu quero!
Sou um pássaro queixoso,
acho o teu amor muito gostoso!

Sou um quero-quero,
o teu amor não posso mais esperar!
Eu o venero;
do meu bando vou me separar.

Sou um pássaro exigente.
Do teu amor sou crente!
Sou um pássaro implicante,
quero atenção constante.

O teu amor eu quero.
Tendo-o, meu voo libero.
Quero a minha e a tua felicidade,
assim aprenderei todas as tonalidades!

Vou ultrapassar as atmosféricas alturas!
O meu peito não sofrerá a ruptura.
Teu amor encontra proteção debaixo das minhas asas,
esquentamos um ao outro como se fôssemos duas brasas.


- Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2000.