sexta-feira, 30 de setembro de 2016

TRANSLÚCIDA

Voas com asas transparentes
Buscando pelos teus parentes
Em ti não há cores
E não te enxergam as dores

O dia vem te transluzir
E o ficas a reproduzir
Tu és uma obra de Deus;
Numa folha, desenho os contornos teus

O sol te torna translúcida
E ocultas todo o objeto
Para não ofuscar tua forma lúcida

À noite, começas a esconder
E mais luz eu injeto
Para a translucidez se manter


-Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio, junho de 2015.
NOSSA OBRIGAÇÃO

Não há como fechar os olhos
À tristeza da nação
O Brasil tem de reconhecer
Que Jesus é a Solução
O Brasil vai pra frente
Só depende da gente
Esse é o Povo Escolhido do Senhor
Que trilha um caminho pecador;
O Brasil louvará o Resgatador

Você e eu temos a Missão
De proclamar a Cristo a todos
Essa é a nossa obrigação
Conservemos a chama
do ardor missionário
O Brasil, Jesus ama
Ele não é lendário
Cristo vai restituir, o que o inimigo roubou
O Brasil bendirá o Eterno Salvador!


-Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio, setembro de 2004.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

PRIMAVERA ÀS SEIS

Às seis horas da manhã
Você me acordou
Anunciando a sua chegada
Com o seu hálito de maçãs campestres
Fazendo-me levantar desta cama de hortelãs


-Gabriel Ribeiro Eleodoro

Primavera de 2011.
PARA AS ÁRVORES

Levanto da minha rede,
e vejo que vocês nunca estiveram assim, tão verdes!
Nesse meio há um novo ambiente,
que se semeia dentro da gente.

São a minha segunda casa.
Sou um hóspede dessa várzea!
Não quero me apoiar mais no mármore,
prefiro descansar à sombra de uma árvore!

Vou viver para protegê-las.
Essas frutas, vou comê-las.
Acabam com os parasitas, os formigões;
montam a guarda para essas formosas flores, os zangões!

Estão do mesmo jeito, desde que Deus lhes criou!
É triste perceber que o homem jamais honrou.
Mas anseio que vocês sejam sempre as minhas amigas,
pra que eu passe todo o tempo, embaixo de vocês, escrevendo inúmeras cantigas!


-Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, de 25 a 26 de setembro de 2002.

sábado, 17 de setembro de 2016

FÉRIAS SETEMBRINAS

Deixei na gaveta a gravata
E fui à mata
Para o seu verde sentir
E ver uma nascente fluir

Borboletas alaranjadas ficam namorando
No lago, os gansos nadando
sem uma direção;
Os ipês azuis me chamam a atenção

Como é bom ter o sapato desapertado
E o coração desacelerado
Dos compromissos que desfiz

Estar aqui, muito eu quis
Para me deitar no paraíso manso
Neste mês de descanso


-Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio, setembro de 2016.
CHUVA PRIMAVERIL

A chuva caiu na roseira
O poeta ficou tão feliz
Ao piano, entoou uma canção
Por ter visto a chuva cair na sua roseira

E defronte à minha janela
Caem rosas, tulipas
Ipês, violetas
Cravos, laelias
Para restaurar o meu jardim vazio
Setembro chuvoso;
Me lembrei da canção do poeta
Bênção primaveril!


-Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2009.
ESTRADA VERDE

Neste feriado,
não vou querer saber de mais nada.
Só vou pôr o pé na estrada,
para minha vida ficar mais esverdeada!

O vento e as faunas serão os meus companheiros
nessa jornada.
O sol anima e ilumina esta via,
e o vento vai formando belíssimas figuras
nas colinas!

O aroma desta estrada é inconfundível.
A primavera fez um capricho nisto aqui!
O meu coração deixou de ser insensível,
pois não me canso de sorrir!

Andando nesta estrada,
vejo que ela está bem guardada
por estas esverdeadas muralhas.
Felizes são os lugares desconhecidos,
pelo progresso não ter posto as suas vidas em risco,
e acabar com este verde amigo.

O vento não pára de soar uma canção legal.
O orvalho não pára de dar um tom especial!
Minha poesia se espalha por toda a estrada,
pedindo que estas floras e faunas fiquem intactas!

No meio do meu caminho,
uma saíra brinca comigo
logo na subida da estrada!

Ardoroso é este passeio;
deliciosa jornada!
O aprazível clima a mantém conservada
para que cada viajante fique a exaltá-la!

Cada passo que eu dou,
mais bonita ela fica !
As paisagens a acompanham,
pois ela não está sozinha!
O verde solta a sua magia especial,
para que neste feriado
fique lá em cima o meu alto astral.


-Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, de 30 de outubro a 19 de novembro de 1998.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O DESABROCHAR

Este vaso está carregado de botões.
Parece que deles, são mais de milhões.
Vão se abrir,
e eu sei que vou sorrir!

Não deu tempo de estudar a espécie.
Mas a sua delicadeza me enternece.
Vão se antecipar,
e estou aqui para celebrar.

Nem a primavera vão esperar.
Uma nova feição ao meu jardim, vão dar.
Distribuirão saúde por toda a terra, eu sinto;
Pestilências desaparecerão, não minto.

Qual será a fragrância de seu perfume?
Subirá até os altos montes, chegando ao seu cume?
Ao se abrir, proclamarão o seu reinado;
suas corolas já os terão coroado.

A sua debilidade me diminui.
A sua humildade me instrui!
Olho para os botões, e pro seu maior mistério;
não sei se rio, ou fico sério.

Mas eles me atraem para junto de si.
Esta é a minha razão por eu estar aqui:
Vou colher das flores a semente bendita!
Para que em toda a terra, delas, haja uma numeração infinita.


-Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, de 11 a 12 de setembro de 2002.
O GRITO DOS EXCLUÍDOS
(Dia 07 de Setembro)

Os excluídos estão gritando hoje.
Eu me junto a eles,
pois o sistema me excluiu
em razão do meu pensamento,
da minha cor, crença
e baixa escolaridade.
Que Jesus ouça o nosso grito,
pois ninguém pode nos ouvir.
Perante os Olhos d'Ele nós temos um valor.


-Gabriel Ribeiro Eleodoro

(2011)