quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O DESABROCHAR

Este vaso está carregado de botões.
Parece que deles, são mais de milhões.
Vão se abrir,
e eu sei que vou sorrir!

Não deu tempo de estudar a espécie.
Mas a sua delicadeza me enternece.
Vão se antecipar,
e estou aqui para celebrar.

Nem a primavera vão esperar.
Uma nova feição ao meu jardim, vão dar.
Distribuirão saúde por toda a terra, eu sinto;
Pestilências desaparecerão, não minto.

Qual será a fragrância de seu perfume?
Subirá até os altos montes, chegando ao seu cume?
Ao se abrir, proclamarão o seu reinado;
suas corolas já os terão coroado.

A sua debilidade me diminui.
A sua humildade me instrui!
Olho para os botões, e pro seu maior mistério;
não sei se rio, ou fico sério.

Mas eles me atraem para junto de si.
Esta é a minha razão por eu estar aqui:
Vou colher das flores a semente bendita!
Para que em toda a terra, delas, haja uma numeração infinita.


-Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, de 11 a 12 de setembro de 2002.

2 comentários:

  1. Parabéns ao nobre poeta. Sua poesia tem a beleza do desabrochar de uma flor.

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    1. Obrigado, nobre poetisa! De coração! Que Deus te abençoe sempre! Um grande abraço!!!

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