FLORES PISADAS
Correndo pela calçada,
vi muitas flores jogadas,
sendo duramente pisadas,
quase fossilizadas.
No chão grudadas,
agonizavam as coitadas!
Os pedestres passavam rapidamente, e não as viam;
os que estavam fazendo, não percebiam.
Se desencantavam com a nova estação.
Quando viam, o que ela fazia com as árvores, entravam em aflição.
E mais flores caíam;
os pedestres nem as acudiam.
Por um momento vi a calçada manchada.
As que não caíram, nos galhos jaziam murchadas.
Parecia que a calçada estava toda desenhada!
Mesmo depois de mortas, as flores mostravam-se bem inspiradas.
-Gabriel Ribeiro Eleodoro
Rio de Janeiro, 22 de dezembro de 2000.
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