segunda-feira, 23 de outubro de 2017

TRISTEZA DE UM EXILADO
(Salmo 137)

Às margens de um rio
Duma terra estranha, chorei
Chorei lembrando-me de Sião

Me lembrei do tempo em que eu entrava
Nos Átrios do Senhor
Me lembrei quando Lhe oferecia sacrifícios
Do meu louvor
Me lembrei do tempo em que eu e meus irmãos
Entoávamos novas canções diárias

Agora eles estão envoltos em grilhões
E eu choro às margens deste rio estranho
Sem chances de voltar à minha terra

Não posso me esquecer da minha amada Jerusalém
Se dela me esquecer, que se atrofiem as minhas mãos
Que eu perca o paladar à vida
Que pereça a minha alegria

Esforço em não deixar de lembrar
Dos cânticos de Sião
Porque eles transportarão a minha alma
Àquele delicioso lugar
Já que a minha harpa se calou
E se recusa a cantar


-Adaptação de Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio, setembro de 2012.

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