LUA COMPLACENTE
Lua fria, lua tranquila, lua que flutua.
Renovada sempre pela tua inocente alvura!
O teu brilho se espalha por todas as ruas;
embranqueces ainda mais esta fria estação.
Lua fria, lua menina, lua preparada.
Aqui eu tento entoar uma toada
O teu vento lunar é tão envolvente,
é tão benevolente, que a gente nem sente,
que é o teu vento que leva a chuva
e as nuvens da madrugada.
Tu ficas sozinha aí no céu, como se fosses
uma pedra valiosa e cara.
De tanto eu observar-te, ó lua etérea,
vi que a tua superfície estava muito gélida.
Faze-me imaginar,
que eu esteja deslizando
no teu corpo lunar.
Seja a musa dos meus versos!
Seja a luz ornamental do meu pequeno universo.
Pedi nesta madrugada, uma ventura.
E tu enviaste para mim, a tua alvura!
A harmonia do teu acalanto,
me faz repousar no teu brilho manso.
Tu me fazes sonhar com estrelas,
ziguezagues de cometas,
e uma execução em tua homenagem,
de uma retreta.
O teu brilho meigo, mostra a ausência
de qualquer tormento;
é para eu curtir a ti neste ameno momento.
Para eu curtir esta luz viva,
que me fascina!
Tu ficas tão estonteante
neste teu solitário império,
que até esqueço dos maltratos
deste desumano inverno.
-Gabriel Ribeiro Eleodoro
Rio de Janeiro, de 03 a 10 de agosto de 1998.
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