quinta-feira, 30 de agosto de 2018

MATHILDE

Nunca me esquecerei Mathilde,
daquelas tardes em que víamos
as brincadeiras dos gatos
e os furtos dos micos.
Nunca me esquecerei Mathilde,
daqueles almoços e das tardes
com café com leite e bolos de fubá e baunilha
que você fazia com tanto carinho e esmero;
dando um gostinho que só você sabia dar.
Nunca me esquecerei Mathilde,
quando eu mamãe morávamos numa casa esburacada e caindo aos pedaços,
sem ventilação e conforto alguns,
você nos apareceu de surpresa,
com grande amor e esmero,
dizendo-nos quão belo era o nosso "palacete".
Trazia uma palavra de incentivo e esperança à minha mãe,
e para mim, lápis e cadernos
para que me acompanhassem durante o meu ano letivo.
Nunca me esquecerei Mathilde, nunca me esquecerei
da sua bondade e da sua assistência.
Nunca lhe esquecerei Mathilde, nunca lhe esquecerei...
A sua mão amiga me faz falta,
e lamento agora, por não poder vê-la
pela última vez,
neste dia lindo e azul
que o nosso Deus fez.
Receba este texto e o meu pranto Mathilde,
pois nunca lhe esquecerei, nunca lhe esquecerei.


-Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 1¤ de fevereiro de 2011.

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