terça-feira, 4 de dezembro de 2018

A NOITE DE SÃO BARTOLOMEU

Esta noite, não há estrelas.
Eu queria tê-las,
mas sangue me deu a escuridão;
mais o terror e a humilhação.

Das crianças fui me despedir,
vendo o seu eterno dormir..
Determinou a nobreza ensandecida,
com uma espada rasgante e enlouquecida.

Homens e mulheres ainda clamam por piedade,
mas o cavaleiro da morte está para atrocidade;
coisa enviada pelo santo?
Ou por algum demônio, garanto...

Que esta noite não permaneça.
Que o sofrimento me esqueça!
Pois os caídos não puderam protestar,
muito menos a chance de lutar.


-Gabriel Ribeiro Eleodoro

Rio de Janeiro, 02 de dezembro de 2018.

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